terça-feira, 4 de abril de 2017

Quando a falência motivacional chega primeiro

   Anos atrás um colega professor ao fazer uma analogia sobre a falência das organizações nos lembrava que um avião não cai por uma causa apenas, pois quando ocorre um problema, sempre é devido há alguns procedimentos e mecanismos que deixaram de ser usados, ou de funcionar antes, e que a solução sofrendo interferência de outros dispositivos e a fragilidade do momento, culmina no acidente. A metáfora é para lembrarmos que nunca é apenas uma situação e sim um conjunto de fatores, que culminam na falta de condições para se sustentar e ir em frente.
   O Presidente mundial da Nissan, brasileiro Carlos Ghosn, é tido como o responsável por tirar a Nissan da falência pela sua forma de liderar. Ao ser questionado sobre a história recente da  empresa em ótima fase, ele costuma repetir que “A única coisa que faz a diferença é a motivação. Se você perder a motivação, aos poucos você perde tudo.”
   É do lendário e admirável engenheiro e empreendedor Henry Ford a máxima “Se você pensa que pode ou pensa que não pode, de qualquer forma você está certo.” Quando o líder e os liderados de uma organização entendem que está difícil, que as ameaças são cada vez maiores, que as fraquezas são muitas, eles estão tão certos, quanto as pessoas daquelas outras organizações que entendem que as oportunidades são maiores que as ameaças, que os pontos fortes são maiores do que as fraquezas e de que eles podem fazer muito pelo futuro do negócio e pelas suas vidas. Assim, podemos entender que a falência financeira é precedida pela falência motivacional há uns cinco anos antes, talvez. A falta de motivação, o marasmo impedem a inovação, matam a iniciativa, e os processos de melhoria, de adequação, de acompanhamento de tecnologias e mercados permitindo que a concorrência avance e a organização fique para trás.
   Concordo com o Jorge Paulo Lemann dizendo que prefiro ser otimista, pois não conheço muitos pessimistas bem sucedidos nos negócios. A efetividade maior dos otimistas é atribuída ao fato de que os otimistas tentam fazer, enquanto os negativos reclamam ou desdenham de quem vê o lado positivo das coisas. Sobre o otimismo ou do negativismo é que cada pessoa constrói os caminhos que irá trilhar. Toda a ação é precedida por um pensamento e pensamentos criam palavras, sentimentos e atitudes.
   Ao escolher deliberadamente mudar de atitude, é possível concentrar seus pensamentos no que quer. Quando queremos atrair algo para nossa vida, como uma empresa próspera, um trabalho melhor, é muito importante que nossas atitudes não contradigam nossos desejos. Quando queremos uma vida melhor, um trabalho melhor, uma organização mais próspera, focar no que está ruim, reclamar do que não se tem, pensar “pequeno”, limita as oportunidades e dificulta o alcance dos desejos.
   Mais de 80% das maiores empresas do mundo tem escrito em suas histórias fatos que mostram as precárias condições que seus empreendedores iniciaram o negócio, ou seja, do mais  absoluto nada, muitas vezes para tentar sobreviver, resolvendo um problema para alguém. Assim, é possível afirmar que é sobre as dificuldades que se constroem as oportunidades que proporcionam a prosperidade.
   A falência emocional vem antes da falência financeira, que é uma consequência de vários fatores para os quais faltaram ações. Para se prevenir da falência motivacional algumas questões particulares podem ser respondidas frequentemente por cada um de nós:
- O que estamos fazendo com as nossas ideias?
- O que estamos fazendo com nossos pensamentos?
- Como andam os planos de vida?
- Como anda o planejamento de carreira e o trabalho atual?
   Considerando que motivação é literalmente “motivo para ação”, cada um de nós precisa encontrar a todo o momento os motivos para agir em favor dos nossos desejos.
   Desejando muitos motivos para agir positivamente, deixo um abraço e até a próxima!

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