Encerrado o período eleitoral, o melhor a fazer é avaliar
detalhadamente as razões dos resultados obtidos, sejam eles positivos ou
negativos. A avaliação dos resultados é fundamental para a vida que segue em
frente e para tantas pessoas que são impactadas pelas posturas e decisões das
lideranças políticas. Saber os motivos do que funcionou e do que não funcionou é
fundamental para os próximos passos de cada um e cada uma, vitorioso ou não, de
cada grupo e no conjunto da comunidade. Nos municípios em que todas as forças
políticas conseguem ter esta postura, é mais provável que tenham melhores
condições de superar as dificuldades e desenvolver.
As comunidades que conseguem superar a
passionalidade que toma conta de muitas pessoas ao longo do período de campanha
eleitoral também têm melhores condições de autodesenvolvimento, por conseguir
superar mais rapidamente os desagastes naturalmente deixados após as disputas
eleitorais. Limitando as disputas mais acirradas ao período de campanha
eleitoral, as comunidades geralmente conseguem concentrar melhor as forças de suas
lideranças e da maior parte dos campos ideológicos para desenvolver o município
nas diversas áreas. Desde 2016 o período de campanha eleitoral reduziu de 90
para 45 dias. Os municípios que mantiveram as disputas eleitorais neste
período, parecem ter tido mais tempo e mais gente buscando soluções para os muitos
problemas, atração de recursos, mobilização de investimentos, obras, projetos,
ações que melhoram a vida em comunidade.
Passadas as eleições, espera-se que os eleitos
tenham interesse e capacidade para unir a comunidade em torno dos desafios a
serem superados e das prioridades a serem atendidas. Esta prática exige
maturidade de todos os atores do cenário político, vencidos e vencedores.
Certamente há maus exemplos ao longo da história do município ou dos vizinhos, sem
falar do mau exemplo que tem vindo da esfera federal brasileira, cuja sensação é
de que a campanha eleitoral segue ininterrupta ano após ano, acirrando
diferenças, estimulando disputas destrutivas, provocando um antagonismo nas
mais diversas áreas. Esta postura negativa, vai colocando em segundo plano as
ações mais importantes para as melhorias que o País precisa.
Maturidade política e ideológica se percebe nas
falas e nas atitudes daqueles que conseguem promover as suas ideias e os candidatos
que as representam, sem precisar ofender e atacar os adversários e quem mais não
concordar com elas.
Passadas as eleições municipais, a começar pelos
cidadãos, passando pelos candidatos eleitos, aos não eleitos, até os atuais detentores
dos cargos, as comunidades que conseguirem a partir de agora uma melhor
convergência de atitudes na busca de soluções para seus problemas e para o
melhor aproveitamento das oportunidades serão as realmente vencedoras.
Harmonia e estabilidade permitem melhores condições,
não somente para o desenvolvimento pessoal, como também das organizações e das
comunidades. Esta lição precisa ser aprendida por mais pessoas, e
principalmente pelas lideranças, que inspiram os comportamentos de toda a
comunidade. Certamente os eleitos, reconhecidos pelo voto e processo
democrático têm a maior responsabilidade por chamar e inspirar a convergência
de energias, propósito e forças, mas é preciso resiliência, reciprocidade,
maturidade e principalmente, a demonstração de amor verdadeiro por sua
comunidade, independente do resultado da eleição.
Desejando que todos possam concentrar as suas
melhores energias para uma vida melhor em nossas comunidades, deixo um abraço e
até a próxima.
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