sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Passadas as eleições

 


Encerrado o período eleitoral, o melhor a fazer é avaliar detalhadamente as razões dos resultados obtidos, sejam eles positivos ou negativos. A avaliação dos resultados é fundamental para a vida que segue em frente e para tantas pessoas que são impactadas pelas posturas e decisões das lideranças políticas. Saber os motivos do que funcionou e do que não funcionou é fundamental para os próximos passos de cada um e cada uma, vitorioso ou não, de cada grupo e no conjunto da comunidade. Nos municípios em que todas as forças políticas conseguem ter esta postura, é mais provável que tenham melhores condições de superar as dificuldades e desenvolver.

As comunidades que conseguem superar a passionalidade que toma conta de muitas pessoas ao longo do período de campanha eleitoral também têm melhores condições de autodesenvolvimento, por conseguir superar mais rapidamente os desagastes naturalmente deixados após as disputas eleitorais. Limitando as disputas mais acirradas ao período de campanha eleitoral, as comunidades geralmente conseguem concentrar melhor as forças de suas lideranças e da maior parte dos campos ideológicos para desenvolver o município nas diversas áreas. Desde 2016 o período de campanha eleitoral reduziu de 90 para 45 dias. Os municípios que mantiveram as disputas eleitorais neste período, parecem ter tido mais tempo e mais gente buscando soluções para os muitos problemas, atração de recursos, mobilização de investimentos, obras, projetos, ações que melhoram a vida em comunidade.

Passadas as eleições, espera-se que os eleitos tenham interesse e capacidade para unir a comunidade em torno dos desafios a serem superados e das prioridades a serem atendidas. Esta prática exige maturidade de todos os atores do cenário político, vencidos e vencedores. Certamente há maus exemplos ao longo da história do município ou dos vizinhos, sem falar do mau exemplo que tem vindo da esfera federal brasileira, cuja sensação é de que a campanha eleitoral segue ininterrupta ano após ano, acirrando diferenças, estimulando disputas destrutivas, provocando um antagonismo nas mais diversas áreas. Esta postura negativa, vai colocando em segundo plano as ações mais importantes para as melhorias que o País precisa.

Maturidade política e ideológica se percebe nas falas e nas atitudes daqueles que conseguem promover as suas ideias e os candidatos que as representam, sem precisar ofender e atacar os adversários e quem mais não concordar com elas.

Passadas as eleições municipais, a começar pelos cidadãos, passando pelos candidatos eleitos, aos não eleitos, até os atuais detentores dos cargos, as comunidades que conseguirem a partir de agora uma melhor convergência de atitudes na busca de soluções para seus problemas e para o melhor aproveitamento das oportunidades serão as realmente vencedoras.

Harmonia e estabilidade permitem melhores condições, não somente para o desenvolvimento pessoal, como também das organizações e das comunidades. Esta lição precisa ser aprendida por mais pessoas, e principalmente pelas lideranças, que inspiram os comportamentos de toda a comunidade. Certamente os eleitos, reconhecidos pelo voto e processo democrático têm a maior responsabilidade por chamar e inspirar a convergência de energias, propósito e forças, mas é preciso resiliência, reciprocidade, maturidade e principalmente, a demonstração de amor verdadeiro por sua comunidade, independente do resultado da eleição.   

Desejando que todos possam concentrar as suas melhores energias para uma vida melhor em nossas comunidades, deixo um abraço e até a próxima.

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