Tem
muita gente buscando a expressão que melhor define o espírito desta época. Hoje trago a luz deste espaço o que vem sendo
chamado mundo BANI, uma sigla que originalmente vem do inglês: Brittle = Frágil, Anxious = Ansioso, Nonlinear = Não linear e Incomprehensible = Incompreensível,
mas que pode ser FANI para os brasileiros gravarem melhor.
Estes
conceitos e siglas ajudam a refletir e decidir pelas posturas pessoais e
empresariais para os próximos meses e anos. O mundo caótico, instável, já é assim
percebido há algum tempo, especialmente por aqueles que estão nas posições de
frente de várias organizações. Tentar
controlar, interpretar ou evitar estas condições parece impossível, então o diferencial
competitivo que os profissionais e empresas devem buscar é saber e se preparar para reagir a tudo o
que acontece da melhor maneira. Como sempre, alguns ficarão estagnados “a
espera de um milagre” ou melhor, esperando um bom modelo surgir, seja de um
fornecedor, ou concorrente, enquanto outros, seguirão se movimentando, talvez
se transformando no exemplo a ser seguido por alguém.
Quem está no jogo, se
movimentando o tempo todo tem mais potencial para acertar as melhores jogadas (ou
surfar a melhor onda). O consultor, palestrante e escritor brasileiro Alberto Roitman estuda o assunto e tem boas publicações a respeito
de como utilizar o BANI a seu favor, começando por esquecer
os modelos pré-concebidos como “receita de bolo” para crescer na carreira,
fazer sucesso, ou se dar bem na vida.
Ficou
muito claro que o mundo e tudo o que há nele é frágil. Vírus, ataque hacker, incêndio
numa estação elétrica, avião batendo numa torre, ataque terrorista, dentre
outros mostram que não há segurança alguma na forma como vivemos e que tudo
pode mudar de uma hora para outra. Portanto, ter mais de um plano para nossa
vida é questão de sobrevivência. Se perder o emprego, ou a empresa, ou o
casamento, ou a casa, ou o carro, se ficar doente, ou tantas outras perdas, quais
são seus planos? É preciso estar consciente de que não há mais garantias e tudo
pode mudar em segundos.
Precisamos
tomar decisões muito mais rápido! Não deveríamos admitir mais aquela frase
recorrente e que atrasa tudo na vida: “Vamos
dar uma pensada nisso”. Falta alguma variável para decidir agora? Vamos
decidir com o que se tem, afinal, muita coisa pode mudar e o tempo joga contra,
pois a vida é assim. Não dá para esperar para tomar grandes decisões, pois se
errar é preciso ser rápido na correção e na repetição da operação ajustada.
Precisamos aprender a abrir várias janelas ao mesmo
tempo e nos manter atentos ao ambiente. Não é possível atuar de maneira estruturada em um
mundo desestruturado. É importante começar vários projetos ao mesmo tempo e ao
longo do caminho, desistir de alguns, parar outros, incluir outros, como uma metamorfose ambulante. Efetividade precisa ser mais forte que a
lógica da governança.
Tentamos
encontrar lógica em tudo, mas a certeza é possível sobre um número cada vez
menor de assuntos. Ao mesmo tempo é difícil explicar os porquês diante de
tantas variáveis incontroláveis e o risco passa a estar presente em todas as
decisões. É preciso que todos na família e nas organizações saibam assumir que
tomaremos decisões com margens de erro cada vez maiores.
Quem
na sua família e quantos na sua organização estão prontos para o mundo BANI? O cliente
não é propriedade da empresa, nem dos gerentes, pois ele é e sempre foi dele
mesmo e é ele quem vem ditando um grande número de mudanças principalmente por
aderir a algumas e não aderir a outras propostas que surgem. Vivemos na verdade
uma revolução de comportamentos, que impulsiona uma revolução tecnológica. Como
melhor reagir a cada uma é o novo segredo do sucesso.
Um abraço e até a próxima.
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