É certo que Brasília segue dominando o noticiário e é
compreensível a dificuldade em não se envolver em algum comentário, discussão
ou análise a respeito. Diante de muitas contrariedades e contradições que vemos
e ouvimos, uma das poucas unanimidades é que precisamos retomar o mais rápido
possível, o crescimento e o desenvolvimento do Brasil “pós covid”.
A retomada do crescimento e do desenvolvimento dependem,
agora da vacinação, claro, mas há muito tempo, da melhoria das práticas de
gestão em todas as esferas públicas e também no âmbito privado. Nossa vida e
nossos negócios porém, dependem muito mais do nosso trabalho, pois tem sido
assim com tudo o que fez e faz a diferença no país. O governo precisa mais
dinheiro, que vem dos impostos que pagamos e a arrecadação só pode aumentar através
da aceleração da economia, pelo aumento do giro dos estoques no comércio, aumento
e agregação de valor na produção primária e secundária. Para que a economia
brasileira tenha um desempenho melhor precisamos gerar mais trabalho e renda
dignos.
Estes são alguns dos motivos
pelos quais precisamos dar menos atenção a Brasília e mais atenção ao nosso
trabalho, empresa e comunidade local/microrregional. A curiosidade gerada pela
imprensa sobre como vai se desenrolar o processo contra “X”, é muito menos
importante do que melhorar o atendimento e as vendas do estabelecimento que
você trabalha, não é mesmo? Tem muita gente, e há muito tempo, disputando
posição sobre quais as formas de resolver os problemas do Brasil, enquanto
pouca gente e pouco esforço para estimular e inovar a economia local e
microrregional, por exemplo. Faça um pequeno teste contando quanto tempo gasta lendo,
ouvindo, comentando as notícias de Brasília, e compare contando também o tempo
gasto num projeto para melhorar a fachada, a exposição de produtos, o
desenvolvimento de produtos e processos onde você ganha o seu sustento. Qual é
o tempo gasto na discussão com os seus conhecidos sobre as soluções para a
economia do país? E qual é o tempo gasto com as soluções inovadoras, criativas
para a economia da sua cidade e do seu negócio? O mesmo vale para as carreiras
de cada um/a que esteja refletindo agora, pois o que impacta mais na sua vida; ações
diretas na sua carreira; ou discutir o posicionamento ideológico deste ou
daquele figurão que gasta os impostos que nós geramos?
Em qual dos lados você aposta nas disputas de Brasília?
A repercussão, mais do que os resultados de lá impactam nas cotações de títulos
da dívida pública, fundos de investimentos, câmbio... se estiver com dúvidas, vou
deixar uma “dica de ouro”: aposte tudo em você mesmo! Tenho certeza de que o seu
futuro e dos seus mais queridos depende de muitas coisas, mas principalmente do
que você fez, faz, fizer e do que deixará de fazer. Entendo que a maior
descoberta que uma pessoa pode fazer é o entendimento de que pode modificar a
sua vida apenas mudando suas atitudes e mentalidade. É pouco provável
que alguma medida governamental mude a nossa vida, mas é muito provável
que sua vida mude se mudar sua atitude diante da vida, influenciando ainda, quem
o cerca.
Estamos diante de um conjunto de problemas que se
acumulam, como pandemia, a consequente crise econômica, crise política... mas é preciso lembrar que todo conjunto de
problemas gera um conjunto de oportunidades. Nas crises, os recursos trocam de
mão mais rápido e recebe mais quem está mais preparado para aquele momento. Não
há ninguém impedindo você de fazer um planejamento pessoal, nem sua empresa de (re)fazer
o planejamento estratégico, rever processos, sistemas e implantar projetos, não
é mesmo? Se você não está satisfeito com o negócio ou com o emprego atual, qual
é o impedimento para traçar o plano do seu possível novo negócio? As crises não
impedem de visitar física ou virtualmente os “velhos” e bons clientes verificando
como estão, o que estão fazendo, do que eventualmente precisam e que você
poderia encontrar uma forma de fornecer. Quando olho por este prisma lembro da
frase de Kelly Young, quando disse que “O problema não é o problema, o problema
é a atitude em relação ao problema.”
O Brasil e os brasileiros estão precisando muito e o
mais rápido possível cuidar mais da sua vida, da sua comunidade, da sua
microrregião, do que de Brasília.
Um abraço e até a próxima!
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