sexta-feira, 21 de maio de 2021

Menos Brasília X Mais sua comunidade

 


                É certo que Brasília segue dominando o noticiário e é compreensível a dificuldade em não se envolver em algum comentário, discussão ou análise a respeito. Diante de muitas contrariedades e contradições que vemos e ouvimos, uma das poucas unanimidades é que precisamos retomar o mais rápido possível, o crescimento e o desenvolvimento do Brasil “pós covid”.

                A retomada do crescimento e do desenvolvimento dependem, agora da vacinação, claro, mas há muito tempo, da melhoria das práticas de gestão em todas as esferas públicas e também no âmbito privado. Nossa vida e nossos negócios porém, dependem muito mais do nosso trabalho, pois tem sido assim com tudo o que fez e faz a diferença no país. O governo precisa mais dinheiro, que vem dos impostos que pagamos e a arrecadação só pode aumentar através da aceleração da economia, pelo aumento do giro dos estoques no comércio, aumento e agregação de valor na produção primária e secundária. Para que a economia brasileira tenha um desempenho melhor precisamos gerar mais trabalho e renda dignos.

Estes são alguns dos motivos pelos quais precisamos dar menos atenção a Brasília e mais atenção ao nosso trabalho, empresa e comunidade local/microrregional. A curiosidade gerada pela imprensa sobre como vai se desenrolar o processo contra “X”, é muito menos importante do que melhorar o atendimento e as vendas do estabelecimento que você trabalha, não é mesmo? Tem muita gente, e há muito tempo, disputando posição sobre quais as formas de resolver os problemas do Brasil, enquanto pouca gente e pouco esforço para estimular e inovar a economia local e microrregional, por exemplo. Faça um pequeno teste contando quanto tempo gasta lendo, ouvindo, comentando as notícias de Brasília, e compare contando também o tempo gasto num projeto para melhorar a fachada, a exposição de produtos, o desenvolvimento de produtos e processos onde você ganha o seu sustento. Qual é o tempo gasto na discussão com os seus conhecidos sobre as soluções para a economia do país? E qual é o tempo gasto com as soluções inovadoras, criativas para a economia da sua cidade e do seu negócio? O mesmo vale para as carreiras de cada um/a que esteja refletindo agora, pois o que impacta mais na sua vida; ações diretas na sua carreira; ou discutir o posicionamento ideológico deste ou daquele figurão que gasta os impostos que nós geramos?

                Em qual dos lados você aposta nas disputas de Brasília? A repercussão, mais do que os resultados de lá impactam nas cotações de títulos da dívida pública, fundos de investimentos, câmbio... se estiver com dúvidas, vou deixar uma “dica de ouro”: aposte tudo em você mesmo! Tenho certeza de que o seu futuro e dos seus mais queridos depende de muitas coisas, mas principalmente do que você fez, faz, fizer e do que deixará de fazer. Entendo que a maior descoberta que uma pessoa pode fazer é o entendimento de que pode modificar a sua vida apenas mudando suas atitudes e mentalidade. É pouco provável que alguma medida governamental mude a nossa vida, mas é muito provável que sua vida mude se mudar sua atitude diante da vida, influenciando ainda, quem o cerca.

                Estamos diante de um conjunto de problemas que se acumulam, como pandemia, a consequente crise econômica, crise política...  mas é preciso lembrar que todo conjunto de problemas gera um conjunto de oportunidades. Nas crises, os recursos trocam de mão mais rápido e recebe mais quem está mais preparado para aquele momento. Não há ninguém impedindo você de fazer um planejamento pessoal, nem sua empresa de (re)fazer o planejamento estratégico, rever processos, sistemas e implantar projetos, não é mesmo? Se você não está satisfeito com o negócio ou com o emprego atual, qual é o impedimento para traçar o plano do seu possível novo negócio? As crises não impedem de visitar física ou virtualmente os “velhos” e bons clientes verificando como estão, o que estão fazendo, do que eventualmente precisam e que você poderia encontrar uma forma de fornecer. Quando olho por este prisma lembro da frase de Kelly Young, quando disse que “O problema não é o problema, o problema é a atitude em relação ao problema.”

                O Brasil e os brasileiros estão precisando muito e o mais rápido possível cuidar mais da sua vida, da sua comunidade, da sua microrregião, do que de Brasília.

                Um abraço e até a próxima!

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