A ideia de um novo negócio está se tornando
realidade para muito mais gente no Brasil, com a criação de mais de 1 startup
por dia, é o que revelam vários estudos dos quais alguns destaco por aqui. O Portal
do Empreendedor, acesso oficial para realizar ativação e baixas de empresas, mostra
que em 2020 o país teve o maior número de empreendedores de sua história e segue
crescendo em 2021.
Startup é o termo que
ficou mundialmente conhecido para se referir as empresas nascentes inovadoras e com potencial para crescimento rápido. Os dados da Radar Agtech Brasil, um estudo realizado pela Embrapa em parceria com a SP
Ventures e a Homo Ludens Research and Consulting e com apoio do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento é outro que mostra que o número de
startups cresceu 40% em 2020 e que destas, quase 2 mil foi no setor
agropecuário.
Quem ainda
não o fez, sugiro atenção às notícias sobre a economia local, nos veículos da
sua microrregião, onde é possível verificar pelo menos parcialmente o grande número
de novos negócios e especialmente o grande volume de investimentos sendo
anunciados, alguns com grande impacto na economia local. Muito investimento que
estava represado em função das incertezas geradas por todo o conjunto de
situações da pandemia começa a ser executado agora e conforme se sabe, o investimento
de um ou dois encoraja o investimento de mais alguns e desencadeia muitos outros,
formando um movimento cada vez mais forte.
A falta de produtos, especialmente para componentes e
insumos para indústria e serviços, revelou que o Brasil tem muitas
oportunidades para novos negócios, mesmo em atividades já existentes e que
carecem de mais volume e diversificação de produtos, inovação em distribuição,
atendimento, conveniência, amplitude geográfica de atuação, dentre outros.
O incentivo das instituições de ensino, especialmente
das comunitárias, falando mais sobre o assunto e incluindo disciplinas de
empreendedorismo, assim como o apoio das incubadoras de base tecnológica, a
ação de muitas entidades, as diversas ações governamentais e até o desemprego
são pontos que estimularam mais a criação de novos negócios. Os
hackathoons/desafios de inovação e empreendedorismo e as startup weekends são
formas muito envolventes, eficientes e até divertidas de estimular o
empreendedorismo nas comunidades, prospectar e criar negócios inovadores. Na
FAHOR, por exemplo, temos o hackathoon como uma disciplina obrigatória para
todos os estudantes de todos os cursos de graduação para que estes tenham a
experiência de criar e desenvolver um negócio inovador. Outras muitas
instituições no país, estão estimulando seus estudantes e comunidades de
diferentes formas. Um exemplo é a iniciativa do Sicredi Noroeste RS, integrando
as comemorações dos seus 75 anos, com apoio técnico da FAHOR e SETREM e
participação dos 12 municípios da área de ação da cooperativa, com o desafio de
“soluções inovadoras para a economia local”, que está estimulando a criação de
negócios colaborativos e cooperativos que envolvam as atividades existentes na
economia microrregional. Outros bons exemplos estão ocorrendo com estímulo das
ações do INOVA RS, com os setores produtivos de foco do programa em cada
região. Na Noroeste Missões, onde estou envolvido, por exemplo, já ocorreu um
hackathoon com foco no setor de energia e estão previstos pelo menos outros
dois ainda para este ano, com foco no setor agropecuário e na indústria
eletrometalmecânica. Movimentos como estes estão ocorrendo em várias regiões do
Brasil envolvendo o que chamamos de quádrupla hélice de desenvolvimento, com o
setor empresarial, a comunidade, o ensino e o setor público agindo de forma
integrada. As instituições comunitárias de ensino superior, com justiça, tem colocado
cada vez mais holofotes sobre os líderes empreendedores e profissionais que se
encorajam, investem e desenvolvem novos produtos e novos negócios estimulando a
economia, empregos, tecnologia e sustentabilidade. Este movimento gera
esperanças de um futuro mais próspero e mais distribuído, com mais trabalho e
mais qualidade de vida.
Para termos mais
empreendedores, e por opção, não tanto por necessidade, é preciso iniciar em casa,
com estímulos mais positivos e diversos, que propiciem a participação em
atividades deste meio, além do convívio e de estímulos para conhecer com bons
exemplos de empreendedores e negócios.
Um abraço e até a próxima!
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