Vou
começar hoje confessando que tenho muita dificuldade de entender tamanha falta
de iniciativa na vida pessoal e profissional de algumas pessoas. Ao pensar
sobre determinadas situações fico imaginando o que causa tanta inércia, o que
tira a energia, a vontade destas pessoas.
Vídeos,
lives, textos, sobre crescimento, desenvolvimento pessoal e importância da
iniciativa para o alcance dos objetivos das pessoas são de fácil acesso e têm
grande volume e diversidade, o que me faz pensar que o problema não seria a falta
de acesso a informação. Claro que é bem mais fácil falar do que agir, e a
acomodação, bem como o medo do que é diferente, mesmo sendo melhor, podem ser
respostas para tanta falta de iniciativa, mas é preciso aprofundar um pouco
mais este entendimento para ajudar as pessoas a terem mais iniciativa.
Thomas
Lee Osborn, empresário que também é missionário escreveu que “Só cresce aquele
que tenta fazer algo além das capacidades que já domina”. Em outras palavras, a
iniciativa é fundamental para o crescimento das pessoas, das famílias, das
empresas, clubes, instituições, municípios, estados e países. Seja qual for o
feito, de pequeno, médio ou grande impacto ou relevância, depende de alguém ou
de um grupo que tenha iniciativa. Aquelas grandes ideias que ficam só nas
conversas e nos debates, representam a falta de iniciativa na velha máxima do “alguém
deveria ter feito, mas ninguém fez”.
Um conto breve bastante
utilizado em textos e palestras para os participantes entenderem o modelo
mental da iniciativa, narra a passagem de um especialista em mentes que chegou
à cidade garantindo que poderia provocar acontecimentos e mobilizar as pessoas.
O anúncio causou grande curiosidade e atraiu muita gente que logo no início da apresentação
foi convidada a se concentrar ao máximo, quando o especialista acendeu uma vela
e pediu que todos tentassem apagá-la. Algumas pessoas teriam recitado mantras,
outras fecharam os olhos e tentaram mandar o máximo de energia para a tarefa,
mas nada ocorreu, até que o palestrante chamou a atenção da plateia e perguntou
se alguém poderia subir ao palco e efetivamente apagar a vela. A maioria das
pessoas ficou desconcertada e sem ação, até o palestrante explicar que sua
intenção era mostrar logo no início da sua fala que as soluções para a maioria
dos problemas são simples, desde que alguém tome a iniciativa.
Na família, nas empresas,
instituições, entidades, também é assim e muito pode ser feito, desde que
alguém, ou um pequeno grupo tome a iniciativa. Convido os amigos leitores a observarem
como as pessoas reagem a um papel que caiu no chão, ou a uma pessoa que chegou
no espaço de atendimento de alguém que está ausente momentaneamente, ou ainda,
quantas pessoas preferem responder “não sei”, ao invés de procurar a informação
que está acessível. Muitas profissionais parecem ficar esperando que situações
simples se resolvam sozinhas, ou por outros, mas não tem iniciativa para uma
ação simples, que soluciona o problema.
A falta de iniciativa parece impedir
pessoas de agirem na direção das soluções. Algumas situações são fáceis de
identificar, como a preguiça, por exemplo, que impede as pessoas de saírem daquele
aparente conforto e ao mesmo tempo as afasta de mudanças simples que ajustariam
boa parte daquilo que não gostam em suas vidas. A procrastinação, deixando para
depois, ou para amanhã, aquilo que poderia ser rapidamente resolvido, é outra
evidencia de falta de iniciativa. Da mesma forma a insegurança que atrapalha
quem deseja coisas diferentes, mas não consegue mudar nada na vida pelo medo de
perder o status ou algo que possui ou ainda, o que lhe deixa confortável, tranquilo,
sem exposições que poderiam arriscar algo da situação atual. O medo de ser ridicularizado por alguém, e o
medo de retaliações de outros, assim como a falta de objetivos e a resistência
a mudanças são nitidamente outras dificuldades que precisam ser enfrentadas por
aqueles que querem ter mais iniciativas.
Desejando a todos mais iniciativa,
um abraço e até a próxima!
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