quinta-feira, 2 de maio de 2013

Motivos que levam as micro e pequenas empresas à falência



         A partir da divulgação de dados sobre o aumento no percentual de micro e pequenas empresas que vão à falência no Brasil, a Revista Gestão de Negócios (SP) tive a honra de participar de uma entrevista a cerca do tema, que circulará na próxima edição. Antecipo para os amigos leitores, alguns pontos da entrevista, na coluna desta semana.
O Brasil registra os maiores índices de pessoas com iniciativa empreendedora, porém, a longevidade e a qualidade dos empreendimentos ainda estão muito longe de ser destaque. Os motivos de falências mais frequentes estão ligados à falta de planejamento, tanto antes de iniciar o negócio, quanto ao longo da vida da organização. O foco no curto prazo leva a empresa a erros importantes e não permite antever fatos que poderão mudar o comportamento do consumidor nos seus desejos ou nos seus orçamentos. A ausência de uma cultura de inovação, num mercado onde os clientes estão cada vez mais ávidos por novidades, pode ser determinante para a decadência de uma empresa, principalmente de pequeno porte.
Um empreendimento que inicia com um bom plano de negócio mostrando quais as condições para a viabilidade mercadológica, técnica, legal, financeira, ambiental, tem efetivamente, muito mais longevidade. Mesmo para quem tem poucos recursos para investir, é muito mais inteligente utilizar uma parte para custear pesquisas e estudos, avaliando a viabilidade, do que gastar tudo e mais um tanto, aventurando-se num negócio que não foi planejado.
Com o negócio andando, é fundamental manter bons controles de estoques, de serviços prestados, mas especialmente sobre o movimento financeiro, que é crucial para a sobrevivência da empresa. É sabido que muitas micro e pequenas empresas vão à falência porque seus proprietários misturam finanças da empresa, com as finanças pessoais e isso é fatal em qualquer atividade. O modo como os gestores lidam com o dinheiro é decisivo para o sucesso ou fracasso da empresa. Os resultados financeiros devem ser entendidos como resultados, portanto consequência do que foi feito. Gerindo bem a produção, a prestação de serviços, a entrega, o atendimento para o cliente, o dinheiro virá e aí é preciso que ele seja bem controlado e investido no lugar certo, no momento certo, para que se multiplique. Ser conservador em relação aos financiamentos também é extremamente importante e um bom plano de negócios deve identificar tempo de retorno do capital investido, bem como a viabilidade das diferentes atividades. Financiamentos para capital de giro, como estoques, recursos para folha de pagamento, 13º, devem ser evitados ao máximo. Atualmente há linhas de crédito mais acessíveis para investimentos em instalações, mobiliário, equipamentos, veículos e utensílios para empresas de diversos portes. O empresário deve portanto, reservar seu capital próprio para necessidades de capital de giro, buscando nas instituições financeiras, linhas de crédito adequadas para investimentos fixos, que possuem taxas reduzidas e com prazos alongados.
A matéria é longa e o assunto também, então seguimos na próxima semana. Um abraço a todos e o desejo de ótimos negócios!

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