
A fortíssima articulação entre
as instituições de ensino, poderes públicos e iniciativa privada tem propiciado descobertas, inovações incrementais e principalmente as
disruptivas, neste local que se desenvolve de forma única e especial. Quem quer
que seu município e sua região se desenvolvam deve prestar a atenção e
perguntar como é que conseguiram esta articulação no Vale do Silício e como é
que poderia se conseguir em seu meio.
Dizem que as pessoas vivem no
Vale desenvolveram uma cultura de estarem sempre inconformados com a maneira
como as coisas funcionam e buscam propor alternativas melhores. A identificação
de uma oportunidade a partir de um problema ou necessidade é a origem dos
negócios deles. O que vemos em nosso meio muitas vezes é o contrário: primeiro
o empreendedor define o produto e depois busca mercado para o que ele está
fazendo.
Nas instituições de ensino do
Vale, cuja principal é a Universidade de Stanford, os estudantes são
estimulados a aprender constantemente, e a empreender desde o primeiro dia de
aula. Os professores não procuram preparar os jovens para serem empregados de
grandes multinacionais ou funcionários públicos, mas para ensinar a aprender
constantemente ao longo da vida e aplicar o que aprendem na solução problemas
que podem resultar na criação de novos empreendimentos.
Outra questão
importante e muito diferente do nosso meio é que é possível abrir uma empresa em pouco tempo, até no mesmo dia, e se
não der certo, pode fechá-la em poucos dias. No Vale, se destaca a cultura
empreendedora dos Estados Unidos, ou seja, não há medo do fracasso, pois o
fracasso de ontem entende-se que é o aprendizado de hoje para o sucesso de
amanhã! A infraestrutura de
transportes, telecomunicações, energia, logística, segurança e outros funciona
muito bem e as novas empresas têm incentivos fiscais reais. O governo americano
evita criar dificuldades, barreiras e empecilhos diversos, sem falar dos
malabarismos normativos como temos no Brasil, pois lá sempre entenderam que são
as pequenas empresas que geram a maioria dos novos empregos, da inovação e que
muitas destas pequenas vão crescer e fazer girar a economia, gerando impostos,
empregos e renda.
Dizem que no Vale, ao invés de
boataria e pessoas “agorando” os novos negócios, fazendo previsões pessimistas
das empresas e da economia, há cada vez mais pessoas querendo investir nas
empresas que surgem, e querendo que elas dêem certo para todos crescerem juntos.
Empresas maduras, tanto jovens,
quanto maduros empreendedores, poderes públicos, universidades e lideranças
focadas em incentivar novos negócios formam um ecossistema empreendedor. Um
conjunto articulado de esforços gerando um impacto cada dia maior, por estar insido
em redes de relacionamento e cooperação, podendo assim multiplicar o que
aprenderam, seus negócios, suas oportunidades de mercado, seus sonhos,
expectativas, e desenvolvimento mútuo.
É possível que leve-se muitos
anos para uma outra região se aproximar e mais ainda para superar o sucesso do
Vale do Silício, mas eles estão lá mostrando como é possível. Precisamos
aprender mais sobre este sucesso e começar em casa. Começar em casa também quer
dizer que devemos incentivar nossos filhos a inovarem e serem empreendedores e
este incentivo deve ter continuidade no incentivo dos professores, depois da
comunidade, e assim por diante.
Desejando
mais inovação e empreendedorismos a todos, um abraço e ótima semana!
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