Seria
chover no molhado (e como chove!) lembrar aos amigos leitores da importância de
manter-se positivo diante de um leque de desafios. É preciso maturidade e boa saúde mental
para a velha lição de olhar que o copo também está meio cheio e não somente
meio vazio.
Dizem os estudiosos
que o verdadeiro obstáculo para a positividade é o instinto de proteção sobrevivência do nosso cérebro, que está
programado para buscar e focar em ameaças, para que possamos evitá-las. Afirmam
eles que esse mecanismo de sobrevivência foi fundamental nos tempos em que se
vivia todos os dias com a ameaça real de assassinato por um fenômeno, um
animal, ou alguém próximo. Hoje, as notícias de violência, assaltos, corrupção
e outros nesta linha, este “mecanismo” seria o principal responsável por reproduzir
pessimismo e negatividade nas mentes, com a tendência de procurar continuamente
uma ameaça, mesmo onde não há. Muitos profissionais da área de coaching
diagnosticam que a ideia de ameaça amplia a percepção de que as coisas estão de
mal a pior. Os antropologos reforçam a informação de que este mecanismo foi
muito eficaz para a sobrevivência, quando diante de uma ameaça a fuga envolvia se
esconder na floresta, por exemplo. No entanto, hoje, quando a ameaça está no
campo da imaginação e a pessoa fica tempo convencido de que o projeto no qual
está trabalhando vai falhar, esse mecanismo deixa a pessoa entendendo a
realidade de forma equivocada causando estragos na sua vida e das organizações
na qual ela atua.

Além de já ser
comprovado cientificamente de que o pessimismo pode ser ruim para a saúde e que
os otimistas são mais saudáveis fisica e mentalmente do que os pessimistas,
muitos estudos indicam que a positividade faz negócios e profissionais mais
prósperos. Martin Seligman da Universidade da Pensilvânia, pesquisa o assunto
há anos e mostra que positividade e a performance profissional estão ligados. Entre
outros estudos ele mede o grau em que vendedores estão se sentindo otimistas e
pessimistas em relação ao trabalho, incluindo se eles atribuem os problemas a
questões pessoais fora de seu controle ou a questões que podem ser alteradas
com o próprio esforço, ou iniciativa. Foi constatado que vendedores otimistas
vendem 37% a mais que os colegas pessimistas, e ainda, que tem maior
probabilidade de deixar a empresa no primeiro ano de emprego. A partir destes
estudos permite-se afirmar que o cérebro de todos nós precisa de auxílio para
combater a negatividade, que de certa forma é natural.
Uma das formas de
auxiliar na positividade é separar os fatos da ficção, boatos, fofocas, comentários. É preciso primeiro parar de
falar de si de maneira negativa, para depois parar de falar dos outros de maneira negativa. Os pesquisadores já
provaram que muito da nossa negatividade são apenas pensamentos, não fatos. Uma
ação indicada quando alguém está negativo é parar e escrever o que ela está
pensando. Os estudos mostram que escrevendo fica-se mais racional e com a mente
mais aguçada para avaliar a veracidade dos fatos negativos e assim, muitos
desaparecem ou reduzem a sua importância. É preciso dar-se conta que estamos
“programados” para inflar a percepção de frequencia e gravidade de uma
situação, para garantir a nossa segurança e sobrevivência.
Os profissionais
que conseguem separar a percepção negativa, da realidade, dos fatos
verdadeiramente ruins, têm muito melhores condições de superar facilmente as
dificuldades. Seligman e outros estudiosos afirmam que a positividade pode ser
exercitada, auxiliando o cérebro a agir mais racionalmente, escolhendo algo
positivo para pensar. Quando as coisas estão bem, seu humor é geralmente bom, as
pessoas naturalmente atendem melhor e conseguem melhores negócios.
Experimente colocar
sempre um pensamento positivo na sua mente e separar racionalmente as
percepções negativas dos fatos reais e veja como podem ser colhidos os
benefícios físicos, mentais e de performance como consequências. Um abraço e até a próxima.
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