
Aos que entendem que o provérbio
não se aplica aos negócios, peço para lembrarem daqueles profissionais, gestores,
empresários que há poucos anos, com o consumo aquecido pelo crédito farto e incentivos
fiscais, sem grandes dificuldades de emprego e renda ao serem convidados, ou
questionados afirmavam que não havia tempo para:
-
qualificar o pessoal da produção, vendas, atendimento;
- completar
estudos, iniciar um novo curso;
- ler
manuais, orientações técnicas, livros de gestão, de vendas, de qualidade,
planejamento;
-
participar de palestras e feiras do setor;
- fazer
planejamento estratégico da empresa e planejamento pessoal;
- implantar
o sistema da qualidade e um novo ERP;
-
selecionar melhor o pessoal;
- desenvolver
novos produtos;
- fazer
pesquisa de mercado;
- confraternizar
com os colaboradores;
- participar
das entidades de classe;
- conviver
com a família e amigos;
- melhorar a
fachada, a vitrine, o ponto de venda;
-
estruturar as embalagens, apresentar melhor os produtos;
- ...(outras
várias ações que você está lembrando agora).
Agora que o mercado teve o ritmo
reduzido, será que este pessoal que antes não fazia muitas destas atividades
por não terem tempo, está aproveitando a redução do ritmo da produção e das
vendas para se organizar, planejar, estudar, qualificar a equipe? Será que este
pessoal está fazendo as pesquisas de mercado tão importantes, o planejamento
estratégico fundamental para sequencia do negócio, implantando um sistema da
qualidade, um novo sistema organizacional, ou tantas outras ações que não
faziam antes alegadamente por que não havia tempo, não havia como priorizar
algumas horas para outras atividades que não fosse vender, produzir, entregar?
Pergunto por que se antes o ritmo atrapalhava o desenvolvimento pessoal e dos
negócios desta turma, dificultando várias iniciativas, agora é o melhor momento
para implementá-las.
Como não vemos tantos desta
turma investindo na qualificação das pessoas e dos seus negócios, imaginamos
que haveriam outros motivos para este pessoal agora não qualificar, treinar,
planejar, organizar, reestruturar? Para esta turma vale ou não a máxima de “quem
quer faz e quem não quer encontra uma desculpa”? Sêneca dizia que nenhum vento é bom para quem não
sabe para onde ir. Baseado nisso costumo dizer que quem não sabe para onde ir,
nenhum momento econômico, governo, conjuntura social, legislação, pesquisa,
clima, solo, cidade, negócio, ramo de atividade, profissão estará bom para
viver. O ritmo mais lento da economia e a crise política brasileira dificultam
direta ou indiretamente todo o mercado e ninguém ganha nesta situação. Todavia,
para quem não sabe para onde ir, não sabe o que quer da vida, da profissão e
dos negócios, as dificuldades reais tomam uma proporção tão grande que aumenta
em muito os riscos da profissão e dos negócios.
Que argumentos você tem
utilizado para justificar aquilo que gostaria de ter, mas está protelando? Que barreiras
o impedem tanto antes, quanto agora? Quanta delas são dificuldades que dependem
de você mesmo superá-las?
Vamos em frente, deixando um abraço e até a próxima.
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