quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Olho no olho

          Você conhece gente que não consegue olhar no olho do outro? Lembra de alguém que ao cumprimentar estende a mão mas olha para o lado, para baixo, desvia o olhar? Como você percebe pessoas assim? Por exemplo, dirigentes assim, são confiáveis? Demonstram nos gestos o que as palavras tentam disfaçar? Já dizia Demófilo: “Presta confiança às ações dos homens, mas não ao que eles dizem”.
         A confiança é a base de relacionamentos duradouros, pois é preciso confiar em alguém no geral, para que no particular a pessoa inspire credibilidade. Pessoas que não são confiáveis podem ser hábeis em construir alianças para alcançar posições que desejam, porém, quando alguém pouco confiável está num posto de comando muitas pessoas, em níveis mais baixos na hierarquia, sofrem de várias formas e os relacionamentos vão sendo corroídos, com importantes prejuízos para as organizações.
               A frase de François de La Rochefoucauld “A confiança que temos em nós mesmos reflete-se em grande parte na confiança que temos nos outros!”, auxilia no entendimento de que as pessoas não confiáveis também podem ser muito inseguras, ou seja, não confiam nos outros porque também não confiam nelas mesmas. Um ser inseguro em geral é perigoso para si mesmo e para todos aqueles que estão de alguma forma sob a sua influência. É preciso portanto, grande cuidado com o que se propõe, se fala, se apresenta, quando se tem um chefe inseguro e não confiável. Da mesma forma, aos superiores que perceberem lideres de setores inseguros e não confiáveis devem tratá-los ou substituí-los, antes que os prejuízos para as relações entre as pessoas e para os negócios aumentem.
              “A confiança é contagiante. A falta dela também.”, disse Michael O’Brien, lembrando que uma pessoa não confiável tende a gerar uma cultura de falta de confiança por onde passa, o que para uma organização é péssimo. Imagine-se trabalhando num lugar em que cada vez é mais difícil confiar em alguém, a começar pelos dirigentes!
               A falta de confiança atrapalha o desenvolvimento das pessoas, das organizações e dos lugares, sendo o que o contrário também verdadeiro, pois é sabido que a confiança é um dos pontos chaves para investimentos e concentração de energias em favor de algum objetivo. Nelson Mandela sempre foi muito prestigiado pelos maiores líderes mundiais da sua época, justamente por que teve a confiança como uma das suas maiores virtudes reconhecidas. Um bom líder, deveria procurar ser um bom exemplo, participando dos processos, demonstrando que sabe para onde vai, demonstrando o que está fazendo e principalmente deixando claro porque está fazendo determinados movimentos na organização. Um líder que esconde suas ações e intenções a todo o momento, dificilmente terá a confiança do grupo. Identifique estes maus líderes observando os que ficam olhando as coisas acontecerem para ver no que vai dar, não assumindo os resultados ruins e transferindo-os para os outros, buscando culpados. Um dirigente confiável faz com que a equipe perceba que tem na sua liderança alguém bem preparado e responsável pelos resultados.
              Uma liderança vista como não confiável pelo grupo, propicia o surgimento de tipos de lideranças que levam a organização a ter que esperar muito tempo na busca dos resultados, as equipes se desmotivam e se autodestroem.
               O caminho da prosperidade é mais seguro afastando e afastando-se de quem não é confiável!
                 Um abraço e até a próxima.

Um comentário:

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