sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Arrisque mais em 2018

     Quando avalio o ano que passou fico com a sensação de que arrisquei pouco e nos últimos anos tem sido assim. Nas rápidas férias entre o Natal e o Ano Novo, conversa daqui e dali, entre votos de felicidades e prosperidade com quem estava próximo, para aproveitei para perguntar para alguns se haviam arriscado o suficiente no ano que passou. Confirmando o que já se sabe pelo que algumas pesquisas tem mostrado, assumimos com frequência pequenos riscos, até sem saber e sem que fossem necessários, mas não assumimos riscos por coisas médias e grandes. 
     No mundo acadêmico há mais de 20 anos acompanho gente muito preparada que deixa de fazer coisas grandes e boas por não estarem dispostas ao risco. É sabido que só se alcança algo grandioso quando se arrisca. Gente que sonha grande, que tem iniciativa, que vai em busca dos sonhos são essenciais para a sociedade, mas acima de tudo, fazem muito bem para si mesmos. Arriscar é fazer o que tem que ser feito, mesmo não se sentido totalmente preparado. Convivemos com muita gente que se prepara muito mais do que outras e mesmo assim não arrisca iniciativas novas. É a dificuldade em arriscar em médias e grandes iniciativas, que tanta gente bem preparada possui em nosso país.
     Dinheiro é só uma das maneiras de medir risco e resultado. As experiências, o sentimento de objetivos alcançados, de desafios transpostos, de quem experimentou transformar seus sonhos em realidade, não tem preço. Quem espera por dinheiro para fazer algo grande está se enganando, pois o dinheiro é só a forma de fazer um volume maior de  negócios e apenas um dos vários indicadores de sucesso. 
     Vivemos num país onde a cultura governamental cria dificuldades das mais diversas complexificando muitas atividades que poderiam ser mais simples. Em contrapartida é um país de grandes oportunidades, o que deveria ser um incentivo para mais pessoas arriscarem-se em atividades das mais diversas. Esta cidade, esta região tem tantas oportunidades esperando por alguém com mais disposição ao risco e com vontade de inovar.
     Claro que os grupos, especialmente as famílias, influenciam nos comportamentos de risco e geralmente querendo proteger filhos e netos, constroem conceitos e comportamentos de baixo risco especialmente no que tange a médios e grandes objetivos.
     Sonhar grande ou pequeno custa o mesmo esforço! Só que sonhar grande inspira outras pessoas e isso pode gerar um efeito grandioso. Fazer grandes coisas só é possível trabalhando com outras pessoas e para outras pessoas. Compartilhar o sonho grande com outros pode ser um dos  caminhos de colocá-lo em prática. Algumas pessoas para auxiliar, para investir, para complementar, para experimentar, promover, são sempre estratégicas para tornar realidade uma iniciativa grandiosa.
     Que 2018 nos inspire para buscar sonhos maiores, que Deus nos ilumine e dê coragem para arriscar mais e chegar mais próximos de nossos objetivos.
Um abraço a todos com o desejo de um feliz e próspero Ano Novo!

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