sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Atitudes de quem venceu na pandemia

 


Dificilmente alguém que viveu este ano vai esquecer 2020. Certamente também será marcado como o ano que mais desafiou dirigentes de empresas e instituições, extrapolando seus limites. Pressões de todas as formas ao mesmo tempo e a disrupção em cadeias tradicionais de produção e de consumo abalaram convicções, negócios, aprendizados, com níveis de incerteza nas alturas.

Na coluna de Reinaldo Fiorini na Exame on line, ele comenta uma pesquisa sobre as atitudes dos dirigentes das empresas com melhores resultados durante a pandemia e destaco a seguir alguns pontos para que os amigos possam refletir sobre as organizações em que atuam.

3 pontos que considerei fundamental na análise são: 1) As organizações que estão vencendo na crise têm sido mais rápidas em decisões imediatas e ao mesmo tempo desencadeando ações de longo prazo. 2) Como em qualquer crise, nesta também é fundamental mostrar coragem e visão de futuro. 3) Aprendemos em outras crises que, mesmo diante das mesmas adversidades, nem todas as empresas sofrem e nem da mesma maneira.

A questão-chave é: quais ações decisivas são tomadas pelos líderes de organizações que entregam melhores resultados em momentos difíceis? Fiorini apresenta resultados onde verifica-se que as organizações que reagiram melhor à graves crises, têm ao menos cinco ações em comum: 1) racionalizam suas despesas para manter a saúde financeira e a capacidade de fazer investimentos; 2) aumentam sua produtividade rapidamente, inclusive durante a crise; 3) pensam no longo prazo na hora de tomar decisões; 4) desenvolvem uma agenda proativa de fusões e aquisições; e 5) ajustam seu modelo de negócios à nova realidade (por exemplo, construindo uma nova unidade) — o que deve ser particularmente importante no momento atual.

Destaco aos amigos leitores a necessidade de agilidade, pois quase todos os casos de sucesso estudados nesta ou outras pesquisas mostram que vence quem tem sido ágil, nas decisões e nas ações. Esta recomendação faz mais sentido ainda para quem considera que é cada vez mais difícil prever com precisão como vão se comportar seus clientes em três anos ou mesmo em três meses. Por este motivo, é preciso priorizar as ações e a experimentação e desenvolver múltiplos cenários para a tomada de decisão de forma mais rápida. As organizações maiores devem montar equipes dedicadas à adaptação dinâmica diante do desenrolar da crise.

O colunista Reinaldo lembra que as organizações com melhores resultados em 2020 tornaram-se mais flexíveis para aprender e ajustar seus planos de acordo com mudanças no contexto e ainda compreenderam que “é desnecessário esperar que todos os processos e sistemas sejam plenamente testados antes de agir, aprendendo a construir e ajustar estruturas e entregas de forma mais orgânica e flexível.”

Se você está pensando em como fazer isso na sua organização, vai identificar logo que essa forma de trabalhar tem implicações na estrutura das organizações. Reuniões frequentes e rápidas com a participação de todos os líderes passam a ser necessárias, mas isso fica mais fácil com equipes menores e menos níveis hierárquicos. Claro que os líderes de cada função ou negócio precisarão manter uma rotina semelhante por algum tempo ainda, até que todos tenham aprendido a ser mais ágeis e mudem os hábitos para que esta seja a forma permanente de trabalhar.

Novamente é muito importante refletir sobre o negócio que você atua, e desta vez as perguntas mais relevantes são: “qual deve ser a profundidade e a duração da crise para o seu setor” e “qual é a disrupção em seu modelo de negócios?” “Basta revitalizar a operação existente ou é preciso criar um novo modelo de negócios?”.

Evidentemente cada grupo e liderança deverá encontrar essas respostas, reforçando que o mais importante é agir!

Um abraço e até a próxima!

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