Dificilmente
alguém que viveu este ano vai esquecer 2020. Certamente também será marcado como
o ano que mais desafiou dirigentes de empresas e instituições, extrapolando seus
limites. Pressões de todas as formas ao mesmo tempo e a disrupção em cadeias
tradicionais de produção e de consumo abalaram convicções, negócios,
aprendizados, com níveis de incerteza nas alturas.
Na coluna
de Reinaldo
Fiorini na Exame on line, ele comenta uma pesquisa sobre as atitudes dos
dirigentes das empresas com melhores resultados durante a pandemia e destaco a
seguir alguns pontos para que os amigos possam refletir sobre as organizações
em que atuam.
3 pontos que considerei fundamental na análise são: 1) As
organizações que estão vencendo na crise têm sido mais rápidas em decisões
imediatas e ao mesmo tempo desencadeando ações de longo prazo. 2) Como em qualquer crise, nesta também é fundamental
mostrar coragem e visão de futuro. 3) Aprendemos em outras crises que, mesmo
diante das mesmas adversidades, nem todas as empresas sofrem e nem da mesma
maneira.
A
questão-chave é: quais ações decisivas são tomadas pelos líderes de organizações
que entregam melhores resultados em momentos difíceis? Fiorini apresenta
resultados onde verifica-se que as organizações que reagiram melhor à graves
crises, têm ao menos cinco ações em comum: 1) racionalizam suas despesas para
manter a saúde financeira e a capacidade de fazer investimentos; 2) aumentam
sua produtividade rapidamente, inclusive durante a crise; 3) pensam no longo
prazo na hora de tomar decisões; 4) desenvolvem uma agenda proativa de fusões e
aquisições; e 5) ajustam seu modelo de negócios à nova realidade (por exemplo,
construindo uma nova unidade) — o que deve ser particularmente importante no
momento atual.
Destaco aos
amigos leitores a necessidade de agilidade, pois quase todos os casos de
sucesso estudados nesta ou outras pesquisas mostram que vence quem tem sido
ágil, nas decisões e nas ações. Esta recomendação faz mais sentido ainda para
quem considera que é cada vez mais difícil prever com precisão como vão se
comportar seus clientes em três anos ou mesmo em três meses. Por este motivo, é
preciso priorizar as ações e a experimentação e desenvolver múltiplos cenários
para a tomada de decisão de forma mais rápida. As organizações maiores devem
montar equipes dedicadas à adaptação dinâmica diante do desenrolar da crise.
O colunista
Reinaldo lembra que as organizações com melhores resultados em 2020 tornaram-se
mais flexíveis para aprender e ajustar seus planos de acordo com mudanças no contexto
e ainda compreenderam que “é desnecessário esperar que todos os processos e
sistemas sejam plenamente testados antes de agir, aprendendo a construir e
ajustar estruturas e entregas de forma mais orgânica e flexível.”
Se você está
pensando em como fazer isso na sua organização, vai identificar logo que essa
forma de trabalhar tem implicações na estrutura das organizações. Reuniões frequentes
e rápidas com a participação de todos os líderes passam a ser necessárias, mas
isso fica mais fácil com equipes menores e menos níveis hierárquicos. Claro que
os líderes de cada função ou negócio precisarão manter uma rotina semelhante
por algum tempo ainda, até que todos tenham aprendido a ser mais ágeis e mudem
os hábitos para que esta seja a forma permanente de trabalhar.
Novamente é
muito importante refletir sobre o negócio que você atua, e desta vez as perguntas
mais relevantes são: “qual deve ser a profundidade e a duração da crise para o
seu setor” e “qual é a disrupção em seu modelo de negócios?” “Basta revitalizar
a operação existente ou é preciso criar um novo modelo de negócios?”.
Evidentemente cada grupo e liderança deverá encontrar essas respostas, reforçando que o mais importante é agir!
Um abraço e até a próxima!
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