Das
muitas coisas que precisamos fazer em 2021, não tenho dúvidas de que uma das
mais importantes é aprender. A busca por conteúdos e das mais diversas formas tem
aumentado de forma pública e notória, e cresce ainda mais o volume de
informações a disposição, em alguns casos deixando mais dúvidas na busca por
determinados conteúdos. Muitas leituras, vídeos, cursos, palestras à disposição
em vários canais presenciais ou virtuais, facilitam o acesso, porém, por vezes
dificultam a escolha do que é mais adequado em termos de qualidade e profundidade
que precisamos.
Uma
dificuldade que segue evidente no mercado e precisamos superar mais rapidamente
em 2021 é aprender a aprender. Independente do nível de formação, viver no
século 21 exige aprendizado contínuo até o fim da vida. Contudo, as formas
tradicionais de aprender muitas vezes não são eficientes diante do fenômeno
mundial das “fake news” e do enorme volume de informações, considerando ainda
algumas contradições entre as fontes dos conteúdos encontrados. Aprender quais
partes dos conteúdos deve-se desconfiar de “fake”, o que é atualizado, o que é
tendencioso ideologicamente, o que merece ser aprofundado, o que é foco para o
que se busca, dentre outros, faz parte da necessidade de aprender a aprender. O
risco de aprender, se informar, fazer e/ou falar algo errado a partir dos
conteúdos disponíveis é cada vez maior.
Um
certificado, um diploma, tem valor se o título estiver vinculado à responsabilidade
pelo conhecimento, pelas informações completas, verdadeiras e atualizadas
oferecidas pelos profissionais. É bom lembrar que alguns certificados são
obtidos de forma muito fácil, barata e rápida, e também por isso, não tem
acompanhamento do conhecimento esperado para aquele título. No ímpeto de levar
vantagem há um número crescente de pessoas que querem certificados e diplomas sem
esforço e energia para aprender. Este tipo de escolha já evidencia o nível de
seriedade, ética, profissionalismo e do que aquela pessoa será capaz numa
futura composição de equipe. Estudos mostram ainda, que as pessoas que buscam
os caminhos mais fáceis e poupam suas energias no aprendizado tendem a ter mais
dificuldades em resolver problemas complexos, mais dificuldades de memorizar
informações importantes sobre o trabalho e a não aprofundar o entendimento da
sua área do conhecimento. Uma formação ou busca de conhecimento que exige pouco
esforço também gera pouco estímulo ao questionamento, que aliado a passividade
ou apatia agrava a situação de baixa condição de prestar um bom trabalho.
O
estímulo para perguntas, comentários, debates e reflexões é fundamental para
aprender a aprender, individualmente e em grupo. Professores, instrutores,
famílias, líderes, e o próprio ambiente deve estimular o questionamento. A
acomodação, a timidez e a falta de hábito dificulta o rompimento com a prática
de ficar somente ouvindo e assistindo, e por isso, uma postura diferente,
melhora as condições de aprendizado. Ao estimular e estruturar as dúvidas,
tende-se ao aumento da eficiência das respostas e melhores resultados de
aprendizado.
Aprender
a aprender é difícil, dentre outros motivos pela dinamicidade da oferta de
conhecimento, mas a falta de oportunidades para refletir durante o processo de
aprendizagem em cursos, palestras, reuniões, treinamentos é uma das principais
dificuldades que se observa. Valorizar os diferentes níveis de experiência e a
livre associação de ideias é essencial na hora de memorizar, mudar hábitos e
práticas, ou seja, internalizar os conceitos, informações e assuntos. Uma dica
importante a todos os profissionais é encontrar todos os dias, um tempo para refletir
sobre como se desenrolou o trabalho, anotando os pontos em que houve dificuldades,
ou que viu oportunidades de melhorias.
Aprender
oportuniza mais satisfação á vida e ao trabalho e aprender a aprender oferece
melhores condições de estender a satisfação por cada vez mais tempo em nossas
vidas.
Um abraço e até a próxima!
Nenhum comentário:
Postar um comentário