Convido
os amigos leitores para lembrar quantas vezes já perceberam diferentes
situações onde os resultados
poderiam ser melhores se houvesse mais colaboração entre as partes envolvidas.
Atividades familiares, atuação de um time, relações da comunidade e negócios
poderiam ter resultados melhores se houvesse mais atitudes do que se costuma
chamar de “ganha ganha”. Várias vezes estas situações podem ser interpretadas
de diferentes formas, parecendo egoísmo, dificuldade de relacionamento, falta
de disposição, resistência as opiniões dos colegas e líderes, dentre outros.
Por que não cooperam mais? Quais vantagens os indivíduos deste grupo percebem
em não cooperar?
Estimular a
competição entre os colaboradores raras vezes gera colaboração e por vezes não
contribui com os resultados de médio e longo prazos. Isto ocorre quando o sucesso
de poucos depende do sentimento de fracasso de vários. Estimular a colaboração
para alcançar os melhores resultados para a organização como um todo é o melhor
a fazer. Melhores resultados em grupo e a médio e longo prazo dependem
necessariamente da cooperação, da ajuda mútua, do desejo de ganhar junto com os
outros. Um problema frequente é que famílias, equipes, organizações, empresas,
muitas vezes tentam obter melhores resultados baseados no paradigma da
competição, todavia, não é possível mudar os frutos, sem mudar as raízes.
Sendo porteiro ou diretor da organização, quando se
muda do paradigma da competição para o da colaboração, focando na interdependência,
em qualquer papel exercido é preciso um aspecto da liderança que é influenciar
as pessoas para a busca do resultado comum. A liderança interpessoal eficaz é focada
no pensamento ganha ganha, segundo o autor de best sellers Stephen Covey. Ele
também explica que ganha ganha não pode ser confundido com uma técnica, pois é
uma filosofia de interação humana. Ganha ganha é um estado de espírito onde se
busca benefícios mútuos em todas as interações humanas possíveis, no qual significa
entender que acordos e soluções são benéficos e satisfatórios, onde todas as
partes se sintam bem, comprometidas com a solução e com os resultados dos
envolvidos. Entendimento de que há bastante para todos e que o sucesso de uma
pessoa ou um grupo não pode ser obtido com o sacrifício ou a exclusão de outra
parte. Não se trata do meu jeito ou de outro jeito, mas sim de um jeito melhor,
superior. O ganha ganha é estimulado com práticas que estimulam a pessoa a ter
um desempenho melhor em cada ação e que as recompensas maiores virão por
resultados obtidos em equipe, em cooperação com os outros.
Claro que há espaço para o ganha-perde, para a
competição e em vários momentos da vida. Todavia, é fato que os resultados em
longo prazo, seja nas famílias, nos times, ou nas organizações, são maiores com
atitudes ganha ganha. Pessoas muito competitivas tem muita necessidade de se
mostrarem melhores do que os cônjuges, filhos, colegas ou amigos. Uma relação
ganha perde, onde para ganhar, alguns devem perder, jamais poderia ser
considerada quando há algum tipo de interdependência entre membros do grupo.
A melhor escolha depende da realidade de cada
momento, havendo várias opções e considerando que por vezes o ganha ganha
realmente não é possível. Todavia, ocupar-se tanto com os seus ganhos quanto
com os ganhos da outra parte auxilia na preparação de um melhor desempenho
coletivo numa próxima oportunidade. Mesmo que se vá até o fundo na busca do
ganha ganha e chegando lá percebe-se que não é possível, a decisão do “nada
feito” muitas vezes é a melhor para se manter as relações firmes para retomadas
e novos projetos no futuro. Esta atitude gera a sensação de liberdade e permite
uma ação mais autêntica, mais criativa e mais assertiva das partes,
compartilhando sentimentos, emoções, mentalidade da abundância, onde há suficiente
para todos e assim manter o foco na partilha de prestígio, receitas,
experiências e relações.
Imaginou ter mais
ganha ganha nas suas relações? Então, comece a disciplinar seu pensamento
procurando focar em como ganhar mais junto com cada parte dos seus
relacionamentos e negócios.
Um abraço e até a próxima!
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