Hoje escrevo para os amigos leitores que atuam direta
ou indiretamente no varejo, lembrando que comércio eletrônico continua crescendo, embora em ritmo menor que durante
a pandemia, quando esta modalidade bateu recordes de crescimento.
Segue sendo muito importante que as lojas físicas que tem atuação
tímida, e/ou amadora no mundo digital, acelerem investimentos e atenção na
mudança de comportamento dos clientes e prospects. Durante a pandemia um número
gigante de pessoas foi impulsionada a comprar online, pois não havia muita
escolha diante das restrições de circulação, especialmente nas cidades maiores.
A experimentação forçada acelerou em muito a adesão ao comércio eletrônico, que
ganhou credibilidade, corpo, capilaridade, aprimorou processos, acelerou
entregas, criou novos canais, etc.. Esta situação fez com que várias corporações
do mundo digital superestimassem a continuidade do crescimento e passam por
momentos turbulentos em várias partes do mundo. É mais uma oportunidade para o
pequeno e médio varejo aumentar a fatia deste mercado.
No pós pandemia o varejo físico voltou a crescer com força, e
especialmente aqueles varejistas que aprenderam com o mundo virtual já mostram
ter passado para outro patamar. Aproveitar o melhor do varejo físico para
explorar as sensações, experiências, e o melhor do eletrônico explorando
horários de 24h, 7 dias por semana, comodidade, agilidade, potencializa
significativamente a relação com o público alvo e com novos mercados.
22% foi o crescimento do varejo no Brasil, na comparação do primeiro
semestre deste ano em relação ao ano passado, conforme o Índice de Performance do Varejo, organizado
pela HiPartners Capital & Work em parceria com a Sociedade Brasileira de
Varejo e Consumo (SBVC). O e-commerce segue crescendo 10% ao ano, impulsionado
por produtos que não estão no varejo físico tradicional, ou seja, produtos não
populares. A média de compras dos brasileiros no comércio eletrônico alcançou 4
vezes ao ano, de acordo com dados da ABComm (Associação Brasileira de
e-commerce).
Quem atua no varejo e está atento as mudanças do
setor sabe que a tendência
no curto e médio prazo é acelerar a automação em toda a cadeia, usando a tecnologia
para melhorar a gestão de estoques, logística, classificação, atendimento,
entregas, dentre outros. As live commerces onde os produtos são apresentados ao
vivo, mexem com as emoções de quem está assistindo e estimula as compras por
impulso, além de aumentar a repercussão. Os vídeos curtos, com desdobramentos
ou não da transmissão ao vivo também são bons exemplos de aproveitamento de
competências do varejo físico, apoiadas no digital/eletrônico. Tem empresa que
já montou pequenos estúdios para aumentar a frequência de seus eventos
virtuais.
Outra tendência que está impactando todos os públicos, principalmente o
masculino, que muitas vezes deixa de comprar pelo tempo e o aperto dos provadores
físicos, é o uso da realidade aumentada
como provador de produtos. Agiliza e aumenta as vendas nas lojas
físicas e vai ajudar a reduzir a logística reversa nas compras virtuais, pois caimento,
modelo, tamanho, etc. são alguns dos motivos que geram dúvidas nas compras
online e também devoluções e trocas de produtos. A realidade aumentada e a realidade
virtual estimularão nova fase na experiência do consumidor no e-commerce.
Intensas trocas de experiências e apresentações das próximas tendências
que podem mudar o varejo como conhecemos são apresentadas em eventos como
Retail´s Big Show da NRF (maior evento mundial do varejo), dentre outros. As
últimas edições vêm sinalizando a necessidade de mudanças nas competências dos
profissionais do varejo, não somente das empresas. Profissionais muito mais
ligados em indicadores de resultados de ações combinadas entre o físico e o
digital já são muito necessários. Criadores e gestores de sites,
influenciadores, profissionais de tecnologia focados em marketplace, especialista
em live commerce, devem ter número de vagas aumentado.
Um abraço e até a próxima!
Nenhum comentário:
Postar um comentário