Nas emergências de qualquer ordem,
numa tragédia climática como a que estamos vivendo no RS, ou nas atividades da
família, da comunidade, da empresa ou de um setor, a função da liderança é
fundamental. Não bastam pessoas dispostas a ajudar, propostas de soluções,
equipamentos, insumos, recursos financeiros, se não houver organização e
direcionamento de lideranças efetivas.
O que os autores vêm chamando de
liderança efetiva significa é aquele estilo que tem bem mais objetividade e menos
romantismo. Sim, pouco romantismo, pois em muitas leituras, lives, palestras,
vídeos parece que a objetividade da função da liderança fica um tanto perdida
em meio a conceitos com capacidade duvidosa de gerar soluções, especialmente
quando elas são mais urgentes.
Você já deve ter lido e ouvido a frase
“Feito é melhor que perfeito” e é assim que surgiram muitas startups que hoje
são referência em negócios bem sucedidos. A liderança deve dar o direcionamento
e a orientação de “Põe para rodar!” quando percebe algo que funciona minimante
e tem valor. Saber que é melhor algo rápido e superficialmente certo do que
lento e extremamente preciso, é uma característica da liderança efetiva.
Simples e funcional, ou simples sem
ser simplório é outra diretriz importante apontada pelos autores que defendem a
liderança efetiva. A preferência pela simplicidade na comunicação e execução de
seus planos, sem perder o brilhantismo, parece funcionar bem melhor e mais
rápido do que planos complexos e comunicação rebuscada.
Comunicar-se de forma aberta e
transparente, embasando as decisões sempre em dados e fatos que levem aos
resultados efetivos e evitando as opiniões ou vontades particulares é
característico da liderança efetiva, que não deve dar muita atenção para os
egos.
Não é possível controlar tudo e
portanto, uma liderança para ser mais efetiva não deve querer ter tudo sob o
seu controle. Assim, é preciso admitir que algumas falhas irão ocorrer.
Todavia, ao invés de se frustrar com as falhas, é preciso sair mais forte e
persistir até conseguir alcançar os objetivos da equipe ou do projeto. Aprender
rápido com os erros para não repetir os caminhos que não deram certo no
passado, é outra característica importante da liderança efetiva, que aprende
como não errar, a partir das lições dos erros anteriores.
Fazer bons planos mas não ser muito
apegado a eles é mais uma característica percebida na liderança efetiva. Os
planos podem ter suas fragilidades e mesmo que não tenham, o cenário externo
pode mudar. Então a liderança efetiva deve estar atenta, evitando apegos para
alterar a rota imediatamente quando algo não gera o resultado esperado. Por
vezes o apego aos produtos, planos, projetos, egos ou até a eventual preguiça
da liderança ou de uma parte da equipe, podem fazer perder um tempo precioso, o
que também pode significar perder resultados importantes.
Em algumas atividades somos chamados a
liderar e muitas outras devemos ser bons liderados. As muitas frentes de
voluntariado, socorro, ajuda humanitária, obras emergenciais e planos que se
formaram e que ainda precisam se formar para a reconstrução da infraestrutura, da economia do Rio Grande do Sul e da vida de
milhares de gaúchos exige lideranças efetivas nos setores público, privado e
comunitário. São verdadeiras lições que podem ser levadas para nossas famílias,
nossos negócios e nossas organizações. Vamos em frente!
Um abraço e até a próxima!
Nenhum comentário:
Postar um comentário