sexta-feira, 31 de maio de 2024

Liderança efetiva

 


Nas emergências de qualquer ordem, numa tragédia climática como a que estamos vivendo no RS, ou nas atividades da família, da comunidade, da empresa ou de um setor, a função da liderança é fundamental. Não bastam pessoas dispostas a ajudar, propostas de soluções, equipamentos, insumos, recursos financeiros, se não houver organização e direcionamento de lideranças efetivas.

O que os autores vêm chamando de liderança efetiva significa é aquele estilo que tem bem mais objetividade e menos romantismo. Sim, pouco romantismo, pois em muitas leituras, lives, palestras, vídeos parece que a objetividade da função da liderança fica um tanto perdida em meio a conceitos com capacidade duvidosa de gerar soluções, especialmente quando elas são mais urgentes.

Você já deve ter lido e ouvido a frase “Feito é melhor que perfeito” e é assim que surgiram muitas startups que hoje são referência em negócios bem sucedidos. A liderança deve dar o direcionamento e a orientação de “Põe para rodar!” quando percebe algo que funciona minimante e tem valor. Saber que é melhor algo rápido e superficialmente certo do que lento e extremamente preciso, é uma característica da liderança efetiva.

Simples e funcional, ou simples sem ser simplório é outra diretriz importante apontada pelos autores que defendem a liderança efetiva. A preferência pela simplicidade na comunicação e execução de seus planos, sem perder o brilhantismo, parece funcionar bem melhor e mais rápido do que planos complexos e comunicação rebuscada.

Comunicar-se de forma aberta e transparente, embasando as decisões sempre em dados e fatos que levem aos resultados efetivos e evitando as opiniões ou vontades particulares é característico da liderança efetiva, que não deve dar muita atenção para os egos.

Não é possível controlar tudo e portanto, uma liderança para ser mais efetiva não deve querer ter tudo sob o seu controle. Assim, é preciso admitir que algumas falhas irão ocorrer. Todavia, ao invés de se frustrar com as falhas, é preciso sair mais forte e persistir até conseguir alcançar os objetivos da equipe ou do projeto. Aprender rápido com os erros para não repetir os caminhos que não deram certo no passado, é outra característica importante da liderança efetiva, que aprende como não errar, a partir das lições dos erros anteriores.

Fazer bons planos mas não ser muito apegado a eles é mais uma característica percebida na liderança efetiva. Os planos podem ter suas fragilidades e mesmo que não tenham, o cenário externo pode mudar. Então a liderança efetiva deve estar atenta, evitando apegos para alterar a rota imediatamente quando algo não gera o resultado esperado. Por vezes o apego aos produtos, planos, projetos, egos ou até a eventual preguiça da liderança ou de uma parte da equipe, podem fazer perder um tempo precioso, o que também pode significar perder resultados importantes.

Em algumas atividades somos chamados a liderar e muitas outras devemos ser bons liderados. As muitas frentes de voluntariado, socorro, ajuda humanitária, obras emergenciais e planos que se formaram e que ainda precisam se formar para a reconstrução da infraestrutura,  da economia do Rio Grande do Sul e da vida de milhares de gaúchos exige lideranças efetivas nos setores público, privado e comunitário. São verdadeiras lições que podem ser levadas para nossas famílias, nossos negócios e nossas organizações. Vamos em frente!

Um abraço e até a próxima!

 

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