Com o fim do ano, as festas, as férias de muitos,
também chega o tempo de encerrar um ciclo e fazer um balanço do que foi feito.
Nas vésperas de um novo ciclo também cabem os planos para os próximos 12 meses.
Analisar os motivos pelos quais não foi possível alcançar os objetivos, os
propósitos, as metas para 2014 é fundamental para ter mais chances de atingir o
que se pretende em 2015. Já fiz este exercício com grupos diversos e muitas
vezes a resposta é que “faltou tempo”. Todavia, é uma resposta que logo fica
vazia, ao constatar-se que 2014 teve o mesmo número de dias, horas, minutos, de
2013, assim como em 2012... portanto, não é o tempo que fará alcançarmos o que
queremos em 2015.

Neste contexto, a situação
presente em nossos dias é a crescente quantidade de afazeres e
responsabilidades. Incluem-se aí os e-mails, as redes sociais, o telefone,
atividades dos diversos grupos, clubes que vamos ingressando, dentre outras. Há
tantas coisas para dar atenção que estamos fazendo tudo mais rápido e nem
sempre com a qualidade que merecem como cuidar da saúde, lazer, exercícios, falar
com amigos, relacionamentos, estudos, leituras, novos projetos, trabalhos
atuais e mais uma outra leva grande de consumidores de tempo. Impressionado ao
se dar conta de tudo o que você faz? E apreensivo sobre as coisas que você não
faz? Quanto mais envolvidos com a competição pelo desenvolvimento,
sobrevivência, maior é o sentimento de que se faz muito e falta fazer muito
mais.
Os pesquisadores da
Neurociência, vem divulgando resultados de suas pesquisas e mostrando dentre
outras muitas coisas, que o nível de certeza do caminho a ser tomado e o nível
de indecisão sobre os mais diferentes temas fazem grande diferença em nossas
vidas. Segundo o que se pesquisa e publica em neurociência, quando nosso cérebro
não tem tanta certeza sobre os caminhos tomados, o corpo não libera a mesma
quantidade de hormônios que liberaria se soubesse exatamente para onde está
indo e os motivos pelos quais se vai para lá. Desta forma, investir tempo para definir
exatamente os motivos pelos quais está se fazendo cada atividade e os
resultados esperados, contribui muito preparando nossa mente para alcançar o
que se deseja. Simplificando, identificou-se que nosso cérebro coordena nosso
corpo para ter mais vontade de fazer tudo o que estamos com a certeza de que é
o melhor a ser feito!
Observe como você e
as pessoas ao seu redor gastam tempo, quando surge uma indecisão e o quanto
esta situação atrapalha a produtividade! Diante de uma lista de afazeres,
quando não se sabe o que precisa ser feito primeiro, gasta-se muito tempo para decidir
por onde começar. O pior, afirmam os pesquisadores, é que nosso cérebro tende a
escolher as ações menos complicadas, pois o instinto de sobrevivência manda economizar
energia e não sofrer com problemas. Assim, por muitas vezes acaba-se fazendo aquilo que é menos importante e nos afastamos
ainda mais dos resultados desejados. Em outras palavras, inconscientemente, não
conseguimos ir atrás do que realmente precisa ser feito.
Com indecisão e sem destino
definido muitas pessoas chegam ao fim do dia, ao fim da semana, cansadas e
frustradas com a sensação de que o dia passou, foi cansativo e pouco se
realizou. As vezes percebemos nos colegas e em pessoas da família esta situação
desagradável, mas ela certamente ocorre conosco também. Procure investir mais
tempo em ter a certeza dos caminhos tomados e se reduzirá assim, o nível de
indecisão. Da mesma forma, busque reduzir significativamente o nível de
incerteza sobre o que está ao seu redor e no seu dia-a-dia. E lembre-se que não
existe perfeição, pois as coisas serão melhores a partir das suas decisões
firmes, das suas atitudes e da energia que colocar no alcance daqueles
objetivos.
Desejando mais tempo para viver
bem e mais produtividade profissional, deixo um abraço e até a próxima semana!
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