Temos lido e ouvido alguns
empresários, gestores e profissionais de vendas queixando-se que as vendas
reduziram, sendo em alguns setores mais do que outros, embora fala recorrente em
vários segmentos. Todavia, palestrando no evento Fique por Dentro da ACIAP de
Horizontina na semana passada refleti com os presentes que em vários
estabelecimentos com quem tenho contato não parece que as vendas vem caindo. Verifiquei
que além de mim, também os presentes enquanto consumidores e enquanto
compradores de suas organizações estão com esta dúvida baseados no
comportamento de vários fornecedores.

- o
atendimento segue ruim em vários locais que frequentamos?
- os preços
continuam altos, onde várias vezes sabemos que as margens continuam bem gordas?
- muitas
empresas não respondem, esquecem ou ignoram nossos chamados?
- quando
solicitamos orçamentos muitas vezes não nos retornam e temos que insistir mais
de uma vez para nos enviarem uma proposta de preço e de trabalho?
- muitas
empresas e profissionais não tem agenda para nos atenderem a curto e até médios
prazos?
- muitas entregas
seguem atrasando?
- faltam
produtos até relativamente básicos?
- muitos
“mal vestidos” seguem sendo atendidos com má vontade e até ignorados?
- muitas
vitrines e fachadas seguem muito mal cuidadas dando aparência de negócio em
decadência e afastando o cliente?
- muitas
empresas reduziram a divulgação, as campanhas, no momento em que mais deveriam
investir?
Convido aos leitores para
pensarem nas empresas que prestigiam tanto para compras particulares quanto
profissionais e verificarem por este prisma, se o comportamento de muitos
gestores, suas equipes e empresas são condizentes com um quadro de queda de
vendas. Uma crise de vendas é mais grave e afeta mais diretamente do que uma
crise política e econômica. Dentre tantas notícias ruins não se tem notícias
sobre queima ou evaporação de dinheiro, o que me faz acreditar que o capital está
esperando as melhores oportunidades para ser investido e gasto.
Quem quer vender mais melhora o
atendimento, melhora os preços e as condições, envia orçamento assim que for
solicitado, não fica esperando o cliente e vai prospectar quem poderia estar
interessado no que tem a oferecer, não deixa de atender ninguém da melhor
maneira possível, não descuida da vitrine, melhora a fachada, faz do layout
interno um vendedor silencioso, aumenta a divulgação, investe para promover o
seu negócio e o que oferece para um público maior e mais diversificado,
planeja, profissionaliza, trabalha mais, não se esconde, não se acomoda e nem
deixa sua equipe se acomodar.
A crise econômica não interessa
para absolutamente nenhum brasileiro e o que podemos fazer para superá-la é
fazendo cada um dos nossos negócios prosperarem, vendendo mais, produzindo
mais, sendo mais competitivo que os concorrentes internos e estrangeiros e
gerando mais riqueza para si, sua família e sua comunidade. Pense nisso!
Deixo um abraço e até a próxima.