terça-feira, 28 de março de 2017

Fazer ou não fazer?

Todas as pessoas que eu conheço e que tenho notícias, querem uma vida melhor, mais confortável, com mais qualidade, atividades alegres, boas emoções e ótimas companhias. Por que é que poucos têm tudo isso? Ao meu ver, a dificuldade é que grande parte das pessoas tem medo de “agarrar o touro pelos chifres” e encontra facilmente uma desculpa externa, aceitável para disfarçar este medo.
Há uma opção fácil para ter uma vida emocionante e bem legal que é viver a emoção desejada por meio das outras pessoas, como por exemplo, acompanhando pela mídia e falando da vida de atores, artistas, profissionais e empresários de sucesso, assim como vivendo a vida de pais, filhos, parentes, amigos. Assim aproveita-se um pouco do “glamour” por sentir-se de alguma forma parte da vida desta pessoa, com o que é descrito e apresentado aos outros, sem sair do seu conforto para ser o que você queria ser.
A diferença entre quem fica acompanhando, admirando e falando dos outros e aqueles que são admirados e agem, é principalmente o fato de que ao se verem diante de uma decisão, ao longo da vida alguns foram fazendo as escolhas mais seguras e outros as mais ousadas. É fato que quem toma decisões mais ousadas tem menos segurança sobre onde ou como vai chegar. Todavia, nem sempre uma decisão que parece mais segura está livre de perigos, assim como nem sempre uma decisão que parece ousada é realmente carregada de perigo.
Sempre considero melhor arrepender-se de ter feito, do que arrepender-se de não ter feito. Quando se decide não fazer, a verdade é que nem se dá a chance de ter tentado. Algumas pessoas passam pelos 40, 50 anos de vida percebendo que “jogaram a vida fora”. Parte destas ainda se conforma entendendo que já é tarde, mas outros correm atrás do que resta, pois sempre é tempo. Não é raro vermos pessoas que tinham tudo a favor, mas diante do desafio, mesmo que pequeno aos olhos dos outros, faltou coragem para enfrentar e atitude para sair do conforto do momento. Se você que está lendo agora se sente um destes, é preciso entender que ninguém vai cortar seu braço, tomar sua família ou colocá-lo na cadeia se algumas de suas boas decisões não resultarem no que você espera.
Quando se trata de buscar uma condição melhor, tenho dito para estudantes, amigos e colegas que é preciso lembrar que “o ótimo é inimigo do bom”. Em outras palavras é preciso conquistar uma condição boa primeiro, o que dará mais oportunidades de ter uma situação ótima na sequencia. Há quem fique muito tempo tentando a vaga de trabalho dos seus sonhos (ótimo), mas enquanto ela não aparece, deixa de fazer o melhor possível (bom) com o trabalho que está a sua frente. Quem não consegue fazer o melhor com o que já tem, fatalmente tem mais dificuldades para ser lembrado, visto, reconhecido para uma condição ótima.
Se você olha para trás e se arrepende de parte de suas decisões, vendo que haviam opções melhores, isso pode não ser bem assim. Experimente pensar ao contrário e verá que outras decisões poderiam ter levado tanto a situações como a atual, quanto à condições melhores ou piores. A vida é toda feita de escolhas: “hoje a noite vou ler ou ver TV?”, “é melhor ter um carro prático ou um carro veloz?”, “neste sábado a noite vou beber água, refrigerante, vinho ou cerveja?”, “me dedico só a universidade ou concilio com um emprego para ganhar experiência?”.
Tudo o que fazemos ao longo da vida são decisões, baseadas em nossas escolhas e por isso não deveríamos nos arrepender. Temos o dia de hoje para mudar muita coisa daqui para frente. Somos hoje exatamente aquilo que em pequenos detalhes fomos escolhendo ser. Então, do que se arrepender? E cá entre nós, culpar alguém seria insano!
Eu e você somos as pessoas que escolhemos ser e está muito claro que podemos mudar muita coisa para amanhã ou depois. Por isso que a cada noite podemos agradecer a Deus que nos permite toda esta liberdade de escolhas e opções para mudar a cada dia. A cada novo dia temos motivos para sorrir ao acordar, pensando em tudo o que podemos fazer por nós mesmos e pelos outros.

Um abraço e até a próxima!

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