segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Fusões e aquisições

A quantidade de fusões e aquisições no Brasil aumentou 68% em 2010, se comparado com o mesmo período de 2009. Foram registradas 531 aquisições e fusões de empresas até setembro deste ano. Especialistas estimam que se for mantido este ritmo, será superado o número recorde de 2007, quando houveram 699 aquisições e fusões no país, a maioria delas, com aporte de capital estrangeiro.
                Ao ler a pesquisa, lembrei dos colegas Argemiro Brum, Mário Luis Santos Evangelista e outros que afirmavam nos anos de 2002 e 2003, que nos 10 anos seguintes teríamos um país mais rico e cada vez menos nosso! Mais uma previsão se confirmando, Doutores!
                Nesta segunda-feira, em excelente work-shop com o amigo Mauro Kreutz, mais dados que confirmam que os grandes players do mercado internacional estão altamente capitalizados para investir no Brasil. Estimativas otimistas mostram que o Brasil poderá ser a 5ª economia do mundo em 2025. Mas é pergunta é: de quem seremos mesmo? Está muito claro que chegaremos lá, com aporte de capital estrangeiro nos empreendimentos nacionais, especialmente vindos do oriente.
                Toda vez que me deparo com estas informações e estimativas, pergunto-me, porque há um incentivo tão grande na atração de capital estrangeiro, estimulado pelos juros mais altos do mundo, enquanto empresários locais tem dificuldades em tomar capital com taxas tão  elevadas e seus produtos tributados de forma tão complexa e a alíquotas tão elevadas, para não dizer impeditivas da competitividade. Recente pesquisa mostra taxas de juros básicos no Brasil em 5,3% a.a., enquanto China e Índia ficam em 0 e a Coréia  do Sul em -0,5% a.a..
                Sabendo destes números fica mais fácil entender porque temos uma enxurrada de produtos estrangeiros no Brasil, enquanto nossas empresas não conseguem mais exportar.

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