
Na
semana que passou conversei com um empresário e um executivo, de empresas
diferentes do setor metalomecânico que têm em comum o fato de estarem na “contramão”
do que vem sendo divulgado no noticiário comum. Ambas investindo, uma em volume
de pessoal qualificado e a outra duplicando a planta industrial. Uma
preparando-se para um cenário de maior exportação e outra para um cenário
nacional de crescimento de vendas de seus produtos. Além do crescimento, estas
empresas tem em comum o fato de terem feito ao longo de 2015 bons
planejamentos, aprimorado o sistema de gestão pela qualidade e terem feito
minuciosas avaliações na empresa para entender os cenários internos, externos,
os clientes e a concorrência. Alguns diriam em outras palavras, fizeram um
“raio X” das suas organizações.
Quem
está no mercado querendo e precisando seguir em frente, deve fazê-lo com foco
de qualquer negócio, ou seja, na rentabilidade. Para tanto, revisão dos custos,
análise das margens, ampliação, ou redução da amplitude e profundidade do mix
de produtos, assim como a análise dos principais pontos do planejamento
estratégico é fundamental. O equilíbrio da boa avaliação tanto dos fatores
internos (dentro da equipe e da empresa), quanto dos fatores externos
(comportamento dos clientes, ações da concorrência e dos fornecedores), é
fundamental. Olhar somente para fora da empresa, sem considerar todas as
condições internas é tão equivocado quanto olhar somente para dentro da
empresa, sem considerar todas as informações relevantes que afetam clientes,
fornecedores, concorrentes.
Conforme
já refletimos em outros textos, o consumidor está retraído mais pelo que
circula nas diferentes rodas de conversa e no noticiário de rádio, jornal,
mídias sociais e TV, do que pelas suas economias. De qualquer forma, é fato que
temos uma redução de vendas, o que é normal em tempos de crise. Assim, mesmo
que faça calor, não haverá o mesmo volume de vendas de ar condicionado,
ventilares, roupas de banho, piscinas, que haveria, do que se tivéssemos o PIB
crescendo, câmbio estável, a política mais tranquila.
Aquela
velha conhecida análise do ambiente interno (listando pontos fortes e pontos
fracos), comparando com o ambiente externo (ameaças e oportunidades) precisa
ser feita urgente para quem não tem e periodicamente, para quem ainda não
estruturou. Esta análise pode determinar o cenário das prioridades e
proporcionar o desenvolvimento de planos de ação para identificar as
prioridades e atacar o que mais gera impacto na rentabilidade.
Claro
que não dá pra ter uma centena de planos de ação de uma vez e por isso
precisa-se ter claro as prioridades da organização e de cada setor. O foco
inicial é naqueles que são considerados básicos, como reduzir despesas e
aumentar as receitas. Para reduzir as despesas, o foco é determinar quais áreas
e o que não pertence ao foco principal do negócio. A partir daí, é possível ter
mais claro o que pode ser terceirizado ou mesmo eliminado. Já para aumentar as
receitas, é preciso buscar novos mercados, vender mais produtos (complementares)
para os clientes que já estão na base, prospectar novos clientes e criar novos
produtos. Para qualificar a gestão, reduzir custos e ter os principais
indicadores de desempenho da organização a mão, o uso de sistemas de gestão é determinante.
Eles oferecem a integração das informações, onde todos os processos ficam em
uma mesma base e a tomada de decisão se torna mais eficaz. Com estes pontos
básicos, o empresário, os executivos e a equipe de apoio terão condições de
manter a organização competitiva neste ano de muitos desafios de gestão!
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