
Apesar de continuamente haverem
transformações a partir de evoluções constantes, a história mostra momentos em
que ocorrem grandes ondas de mudanças. Assim é na indústria com as revoluções
industriais, sendo que na entrevista, Lorenzato defende que no Brasil
precisamos nos preparar para a indústria 4.0, na qual vários países
desenvolvidos já ingressaram. A 1ª revolução industrial, em 1.700 foi marcada
pelo uso do vapor e mecanização, a 2ª revolução ficou marcada pelo uso da
energia elétrica, o aumento da escala e a redução de custos de produção,
enquanto a 3ª revolução industrial tem sido feita pela automação e inserção da
robótica nos processos repetitivos, insalubres, ou que exigem muita precisão.
No passado as descobertas da
indústria que vinham para o mercado balizavam o comportamento da sociedade,
ditando tendências. Hoje, são muito claras as evidências de que mais indústrias
são influenciadas pelas pessoas e pela sociedade, o que exige que as empresas
se reinventem, assim como os diferentes setores de serviço.
Phillip Kotler no livro
Marketing 3.0 já afirmou que o avanço da tecnologia exige colaboração e a
integração. Reinaldo, por sua vez tem afirmado que as mudanças devem vir para
conectar o ecossistema industrial aos sistemas de consumo, suprimentos,
sustentabilidade e outros. Ele diz que podemos esperar indústrias cada vez mais
limpas, assim como sua produção e por consequência, o próprio consumo mais
limpo. Quando um produto é produzido e vai para uma prateleira está estocando
recursos diversos, entre eles matéria prima, energia, mão de obra. Isso quer
dizer que dependendo do produto, se ele não for usado, pode ser reaproveitado.
Por outro lado, o que muita gente esquece de analisar, é que energia, mão de
obra, tempo e outros, nunca poderão ser reaproveitados. Quando a indústria, a
sociedade e o consumo colaborarem entre si, teremos um consumo mais consciente,
mais limpo e mais sustentável.
Vemos a desindustrialização do
Brasil em função da alta carga tributária, assim como a acelerada desindustrialização
de alguns países europeus pelo custo da mão de obra e normas ambientais. Em
contrapartida, vemos a forte industrialização de vários países asiáticos, com
escalas impressionantemente gigantes. Todavia, veem-se sinais de que a longo
prazo haverá um freio no consumismo, fazendo com que indústria, sociedade e
consumidor revejam seus processos e hábitos. O que se pode ver é surgir tanto
no Brasil, como na Europa, em especial na Alemanha e França, produções em menor
escala, mais personalizada, com mais tecnologia e mais valor agregado.
Sempre que atendo a alguns pais,
com dúvidas sobre a formação de seus filhos costumo lembrar que as revoluções
industriais, com a mecanização, informatização e agora com
automação/robotização nunca reduziram o uso da mão de obra a ponto de desempregar
em massa, como alguns apocalípticos diziam a cada nova onda. O que ocorre é que
vemos de forma mais acelerada a migração do volume de mão de obra braçal, para
uma mão de obra bem mais intelectual, com capacidade de criação, inovação,
pesquisa, análise e bastante conhecimento técnico em algumas áreas. É fácil ver
que na indústria temos cada vez menos gente carregando coisas e apertando
parafusos e mais Engenheiros projetando.
Nossas empresas precisam ser
mais limpas, mais inteligentes e buscar um alinhamento cada vez mais rápido e
mais forte com o seu público. Assim, teremos mais chances de ver nossos
negócios prosperarem também, ao invés de somente admirar o que os outros estão
conseguindo.
Um
abraço e um 2016 de bons negócios para nós!
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