terça-feira, 15 de março de 2011

Aumento de poder do segmento feminino no mercado

            Semana passada, entre cumprimentos e mensagens dedicadas às mulheres pelo seu dia, ouvi um conhecido, bem missioneiro dizer: “...elas estão tomando conta!”. Apresento alguns dados para os gestores avaliarem o poder do segmento.  
             Uma pesquisa apresentada pelo Grupo Deloitte (grupo de empresas de consultoria de vários países), publicada na semana passada que foi dedicada às mulheres, revelou uma parte do impacto na economia, gerado pelo aumento do poder de consumo do segmento feminino. A pesquisa tem amplitude global e revela fatores diferentes deste poder de consumo e influência das mulheres, dependendo do continente. As mulheres norte-americanas controlam atualmente US$ 20 trilhões ou mais de 33 trilhões de reais e influenciam em até 80% de todas as decisões de compras. No setor de bens como automóveis e computadores, por exemplo, 50% da aquisição é atribuída diretamente ao segmento feminino.
                Nos países emergentes, incluindo o Brasil, por exemplo, onde o poder de consumo  do segmento feminino ainda tem muito a crescer, foi registrado um aumento de 8,1% da renda gerada pelo trabalho, enquanto que do segmento masculino, foi de 5,8%. Ou seja, as mulheres vêm ganhando poder aquisitivo mais rápido que os homens, nos países emergentes.
                A pesquisa indicou que na Europa, as mulheres compõem 45% da força de trabalho, sendo que mais de 50% possuem ensino superior. Porém apenas 11% dos cargos de executivos nas empresas são ocupados por mulheres.

Modernização da composição das direções

                Uma pesquisa da consultoria internacional Eversheds, em 241 organizações de vários países, considerando o período entre 2007 e 2009, revelou um grande aumento no número de empresas com diretorias menores, com mais integrantes do sexo feminino e proporção mais alta de executivos independente. O estudo revelou que uma composição mais plural, com pessoas com pensamento independente e inovador, tem mais condições de êxito e desenvolvimento tanto antes, quando durante ou depois da crise internacional.
                O mais revelador é que as organizações que mais se desenvolvem não são aquelas onde determinados se diz “a minha gestão é no feijão com arroz” ou “o meu negócio é no café com leite”, tampouco,  “em time que está ganhando não se mexe”.

Especialização em nichos do mercado

                Em recente entrevista, o Secretário Executivo do Ministério do Desenvolvimento, Alessandro Teixeira afirma que “A China produz qualquer produto com a metade do custo da média mundial. É um problema para o Brasil e outros países. Só vamos conseguir ganhar mercado se nos especializarmos em nichos.”
                Concordo, as indústrias brasileiras, que insistirem em produzir produtos padronizados  e de forma massificada (tudo igual para todo mundo) terão cada vez mais dificuldades de competitividade.    



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